Ontem assisti, pela enésima vez o filme "Eu, Robot", estrelado por Will Smith e pelos fantásticos robots positrônicos criados pela imaginação de Isaac Asimov.
Quando assisti pela primeira vez não sabia se gostava do filme ou não, pois ainda tinha na mente uma Dra Calvin (uma das protagonistas) mais velha e rabugenta e cada um dos contos de robot tinha começo, meio e fim.
Foi difícil entender, na primeira vez, o excelente trabalho dos roteiristas em misturar diversos contos em uma única história e a cada vez que revejo o filme gosto mais do trabalho e me dá vontade ler de novo os contos originais.
Explico. Asimov escreveu uma série de contos sobre robots, para diversas revistas de ficção e depois compilou estes contos em um livro, chamado "Eu, Robot".
Os contos não eram sequenciais, embora tivessem alguns personagens em comum, no caso a Doutora Calvin, robopsicologa e o criador dos cérebros positronicos.
Um cérebro positronico é a base de qualquer robot escrito por Isaac Asimov e ele próprio criou 3 leis, que definiam o funcionamento destes cérebros.
As tres leis são:
- Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal.
- Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
- Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis.
Os contos da série Eu, Robo, eram basicamente situações em que estas 3 leis poderiam falhar, apesar de parecerem tão eficientes.
E no filme é exatamente este o fio principal de condução, a falha das leis, que são apresentadas logo no início do filme.
Will Smith interpreta um policial que viveu uma situação onde considera que um robot falhou ao cumprir as leis e não digo mais porque quem conhece a história já sabe e quem não conhece só precisa saber na hora certa.
Comento mais sobre este filme em um post que coloquei em um sistema mais antigo, o Multiply, pra ver o post clique aqui.
Um pouco de ISAAC ASIMOV
Enquanto era vivo, Asimov manteve-se afastado da parceria com o cinema e com a TV. Mas curiosamente um dos maiores sucessos de Asimov é justamente baseado em um filme, o livro "Viagem Fantástica", que ele magistralmente levou das telas para o papel, invertendo os papéis.
Alguns de seus contos foram filmados, "Night Fall" é um deles, mas só depois da morte de Asimov que vieram "O homem bi-centenário" e este filme.
As histórias de Asimov serviram claramente de inspiração para outros filmes famosos, como "Exterminador do Futuro", "Robocop" ou "Inteligencia Artificial" e certamente o universo de "Star Wars" também bebeu muito nesta fonte.
Ontem gostei mais do filme, quando tinha visto no cinema fiquei um pouco decepcionado, especialmente com a facilidade que o personagem de Will Smith vencia robots que - entre outras coisas - derrotaram alienígenas invasores.
Basta assistir "O homem bi-centenário" para entender que um único robot com cérebro positronico poderia derrotar toda a humanidade e talvez até conquistar o universo.
Se não fosse pelas 3 leis... é claro.
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