sábado, 15 de agosto de 2009

Massacre no Bairro Chines (San suk si gin)

Faz tempo que não assisto a um filme que me faça ficar com "tesão" de escrever sobre ele, tenho assistido a vários filmes, alguns até interessantes, mas não tem nada demais, nenhuma novidade.
Como sou fã incondicional de Jackie Chan foi só ver este título "dando sopa" nos P2P da vida que trouxe logo para meu pendriver e apesar de ter uns outros tantos títulos na frente coloquei direto pra ver na mesma noite.
Esperava apenas mais um dos tantos filmes com o estilo Chan de piadinhas e tudo mais, mas o que vi foi um filme surpreendentemente sério - sem nenhuma piada - e ainda abordando um tema que a gente pode até não entender bem, mas percebe-se que é algo extremamente sério lá do outro lado do planeta.
Segue a sinopse do filme... pra dar uma idéia...
O Japão, no início dos anos 1990, passa receber um grande número de imigrantes chineses foragidos de seu pais. Um deles é o mecânico Steelhead (Jackie Chan), que entra no Japão ilegalmente para tentar encontrar a namorada Xiu Xiu (Xu Jinglei). Para poder sobreviver, Steelhead e o amigo Jie (Daniel Wu) conseguem alguns trabalhos no perigoso bairro Shinjuku. É quando ele descobre que Xiu Xiu casou-se por conveniência com Eguchi (Ken Watanabe), um líder mafioso da Yakuza. Para ficar mais próximo da amada e ainda obter sua cidadania no país, Steelhead aceita trabalhar para Eguchi como assassino profissional. Mas o que lhe parecia incorreto inicialmente muda de figura quando ele percebe que começa a ganhar poder dentro da Yakuza.
Não é a primeira vez que Jackie tenta ser mais "sério" mas é o primeiro filme em que o vejo sem fazer piadas, apenas interpretando e sem exagerar nas cenas de ação.

Não quer dizer que ele mereça um Oscar (alias mereceria pelo conjunto da obra) pela interpretação, não podemos esperar uma interpretação mais densa e dramática de alguém que sempre fez papel de palhaço, mas eu diria que ele se sai muito bem e tem como parceiro principal o excelente Naoto Takenaka que faz o inspetor Kitano, um papel bastante clichê, mas muito bem intepretado.

A história é bastante dramática e apesar do roteiro deixar a desejar em muitos pontos (por exemplo, não define o que acontece com a ex namorada) e não explorar adequadamente os personagens isso acaba "passando batido" enquanto meu queixo caia em ver Jackie tentar ser apenas um ator e não um dublê-palhaço e o mais interessante, ele consegue... como já disse anteriormente, o cara se sai bem.

Não vou recomendar como o "filme do ano" pois para gostar deste filme precisa conhecer o Jackie, sua história e perceber que ele lutou por anos para conquistar seu espaço e seu estilo, para - só depois de conseguir - fazer o que todo mundo esperava que ele fizesse, ficar mais parecido com o Bruce Lee.

Sim, neste filme Jackie não imita trejeitos de quem o inspirou na carreira, nem tenta demonstrar suas capacidades marciais (que já cansou de demonstrar) mas assume o ar sombrio que sempre dominou os poucos filmes de Bruce Lee e faz um filme realmente sério, sobre uma temática séria, mas com o estilo conhecido e até já batido de filmes policiais.

O mais interessante neste filme é que JC não se preocupa em ser "mocinho" ou "bandido" na verdade todos os personagens são dúbios, alguns tem escrito "eu sou mau" na testa mas o velho certo/errado fica meio perdido, a moral e a ética são confundidas tanto por quem representa a lei quanto quem representa os que estão fora dela.

Sem dúvida um filme a ser visto e pensado... adorei e fico feliz de ver Jackie Chan ter chegado ao máximo e ainda ter folego pra inovar e fazer algo diferente do que fez a vida toda.

Que venham outros filmes assim...


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terça-feira, 24 de março de 2009

Gran Torino

Uma das vantagens de ter mais que 50 anos é ter podido ver todas as fases do Clint Eastwood e pensar em quanto esse senhor ainda vai nos surpreender.
Vou falar um pouquinho do Clint, se me permitem...
O primeiro filme que me lembro dele, sem precisar recorrer ao IMDB é "O bom, o mau e o feio", um western com tudo que se tem direito.
Mas acionei meu IMDB para ver por onde ele começou e notei que um de seus primeiros trabalhos foi como tecnico de laboratório num filme chamado "A vingança da criatura", ou seja ele já começou do outro lado das câmeras.
Na frente delas ele fez muitas coisas na TV e aparentemente estreiou em 1964, no filme "Por um punhado de dólares" e em 1966 estava neste que eu assisti, dirigido por Sergio Leone e já ostentava aquela expressão que muitos piadistas dizem ser a única que tem.
Ainda bem, se faz o que faz com uma única expressão, se tivesse duas, corria o risco de ser o maior ator do planeta.
Depois Clint me chamou a atenção quando fez "Perseguição Implacável" o filme que lançou o personagem Dirty Harry, (Harry Callaham) um policial que a maioria dos criminosos ia preferir não encontrar pela frente.
Este filme é de 1971, dirigido por Don Siegel e - para mim - o divisor de águas dos filmes policiais. Muitos anos depois recomendei a um amigo que pegasse na locadora e fiz elogios ao filme, no da seguinte ele me falou que nunca viu tantos clichês em um único filme e eu fui obrigado a responder que os clichês começaram todos neste filme. Antes de Dirty Harry a maioria dos policiais eram bonzinhos, mesmo os desonestos. Dirty era apenas honesto e fazia seu trabalho, sua frase favorita era "Make my day" um termo em inglês que significa algo como "me faça feliz". Isso - normalmente - enquanto apontava sua magnun 45 para a cabeça do sujeito.
Após inúmeras continuações de filmes com este personagem, Clint cansou de parecer mau e andou fazendo uns filmes onde tentava ser engraçado e nesta época tivemos sua pior fase, mas se assistir "Cadilac cor de rosa" de novo é capaz de eu entender melhor.
Clint começou cedo sua carreira de diretor e se meteu em todas as áreas, dirigiu excelentes faroestes ou filmes de ação como Firefox, dirigia a si próprio ou a atores consagrados, ou ambos, como fez em "Mundo Perfeito" onde faz um policial que persegue um dos melhores personagens de Kevin Costner.
E fez classicos como "Bird", a história do músico Charlie Parker, interpretado pelo excelente Forrest Whitaker, depois fez "Pontes de Madison", um líbero ao amor e conquistou até mesmo as feministas após dirigir Meryl Streep neste filme de uma sensibilidade inacreditáve, embora Clint já tivesse demonstrado antes que é muito mais que um ator canastrão.
Para mim seu melhor filme até então tinha sido "Os imperdoáveis" onde dirige a si próprio em um wersten em que sacaneia a seus antigos personagens, mas faz isso de forma tão séria que muita gente que não o conhecia não percebeu que o filme era uma sátira, até hoje se encontra pessoas que acham que "Imperdoáveis" é apenas um faroeste com um cara muito malvado. O discurso ao final, do personagem William 'Bill' Munny é uma das maiores gozações jamais vistas em um roteiro de filme e a interpretação de Gene Hackman, como xerife é inesquecivel.
Mas enganou-se quem achou que Clint tinha atingido seu ápice, com "Garota Dourada" ele mostra que não perdeu a mão e faz um dos mais sensiveis filmes de boxe que o cinema já mostrou e neste filme a estrela é uma mulher.
A conta de quantos Oscars Clint já concorreu é grande, foram 61 indicações e faturou 4 estatuetas e o cara é um faz-tudo ainda por cima, escreve dirige e compõe, como um Charles Chaplin dos tempos modernos.
Recentemente produziu "Historias de Iwo Jima" e não se contentou em fazer apenas um filme, fez logo dois sobre o mesmo tema, em um mostra o ponto de vista dos americanos e no outro o ponto de vista dos japoneses. São filmes absolutamente distintos, embora falem exatamente do mesmo assunto, achei fantástico, mesmo não tendo feito muito sucesso no cinema.
Clint não está nem ai para o sucesso, faz o que ele quer e do jeito que quer e mesmo quando não ganha muita grana ou fatura um Oscar ele certamente se diverte.

FINALMENTE VAMOS FALAR DE GRAN TORINO

Certamente Gran Torino é um dos filmes em que Clint se divertiu mais do que trabalhou, sua interpretação é exageradamente forçada, com direito e rosnar e tudo.
Gran Torino faz a gente rir, especialmente com o duelo entre o personagem racista Walt Kowalski e todo o resto do elenco, deve ter sido muito dificil gravar tudo aquilo pois provavelmente todos deviam rolar de rir após cada cena.
Mas nem por isso o filme é leve, o tempo todo ele mexe com questões sociais muito sérias e só Clint mesmo tem coragem de criar um personagem capaz de fumar o tempo todo em uma época onde filmes feitos para fazer sucesso, como "Wathmen" acabam prejudicados pela preocupação dos produtores em que um personagem que tem que fumar muito não apareça com cigarros, embora o mesmo filme não se preocupe em mostrar - várias vezes - um bilau de um cara careca e azul.
Gran Torino não mostra cenas de violência explica (não muitas) não mostra mulheres nuas e nem tem mulheres charmosas e bonitas, a protagonista é uma chinesinha muito simpática e excelente atriz, que até poderia ser uma chinesa sexy, mas não é o objetivo.
Walt é um sujeito rancoroso, irredutivel, irrascivel... é o tipo de vizinho que seria melhor não ter e o filme começa justo quando ele perde seu único vínculo com a bondade, sua mulher.
Durante o filme fica claro que ele tinha motivos para ser rancoroso daquele jeito, lutou na guerra da Coréia e voltou vivo, mas deixou lá qualquer resquício de bondade... ou pensa que deixou.
O filme segue num "crescendo" e mesmo que o final seja previsível Clint nos surpreende com algo absolutamente inesperado, acho até que o filme deveria terminar ali e podia perfeitamente ficar sem a continuação do final, que quase compromete tudo, mas tudo bem... acho que nem Clint pode fazer o que quiser.
O personagem Walt aparentemente não está satisfeito com a criação que deu aos dois filhos e ironicamente começa a dar atenção justo ao jovem que mais desprezava, um chines que vive pressionado pela familia constituida basicamente de mulheres (avó, mãe e irmã) e que vive entre a cruz do preconceito e a caldeira de primos que querem convence-lo a participar de uma gang de bairro.
Tudo parece muito normal e o roteiro nem é tão forte, só o que torna o filme interessante é a presença marcante de Clint, ninguém poderia fazer este papel e nenhum diretor teria a coragem de aceitar um personagem tão forçado quanto este, mas no final das contas é justo este personagem que segura o filme, apesar da participação absolutamente correta de todos os demais atores, nenhum de grande projeção.
Clint não me surpreendia desde "Os Imperdoáveis", sempre mantém um certo ritmo e uma qualidade em seus filmes que os torna previsíveis, mas neste ele me surpreende, não só com um final inesperado (na verdade esperado, mas que surpreende) mas também com as concessões que faz a si mesmo para interpretar de uma forma diferente e que só os grandes atores se permitem, pois não estão nem aí com o que os críticos vão dizer.
E não sei se fui apenas eu... mas me senti o tempo todo no cenário de GTA San Andreas.

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Whatchmen - O Filme

Sabe quando um filme marca a gente, de uma forma que nunca mais se esquece?
Pois é... não foi o caso de Whatchmen, sai do cinema com uma sensação de que tinha passado por uma experiência banal, se graça.
Não me lembro exatamente quando li a HQ, mas certamente faz uns 20 anos e me lembro que foi uma obra em quadrinhos marcante, com uma narrativa totalmente diferente do usual, eram várias histórias em uma só.
Até onde pude perceber, o filme foi bastante fiel a obra original e tem lá seu charme, prende a atenção e algumas cenas são incriveis, tanto na questão dos efeitos especiais quanto em cenas extremamente violentas, como a muito tempo não se via no cinema.
Não que eu tenha gostado, ainda prefiro que as cenas de violência sejam apenas sugeridas, mas se for pra fazer que se faça como fizeram em Whatchmen, são cenas assustadoras, de deixar o Jason envergonhado.
Os atores são praticamente desconhecidos mas saem-se muito bem e entre os personagens destaca-se Rorschach, tanto com a máscara quanto sem ela, muito bom o ator. O personagem Comediante também é muito bem interpretado e apesar de menor participação consegue se destacar, talvez por ser o mais cínico.
Todos os personagens interpretam bem os duvidosos heróis e a caricaturização (não errei o termo, era uma caricatura mesmo) do Nixon está muito boa, cada vez que aparecia aquele nariz eu tinha vontade de gargalhar.
As melhores piadas do filme são as de humor negro, quase rolei de rir quando Júpiter reclama que Dr Manhattan foi fazer sexo com ela e continuou a trabalhar...
Além das cenas de violência o filme tem cenas de sexo que certamente o tornam pouco recomendável para a garotada, embora não tenha nada demais a não ser uma certa superexposição do bilau azul do Dr Manhattan. Particularmente gostei da cena com o Coruja e Jupiter... a cena do Superhomem voando com Mirian Lane foi muito romântica, mas com certeza Coruja e Jupiter souberam aproveitar melhor o céu e a lua, com um acompanhamento musical de gosto - no mínimo - duvidoso.
Alias as músicas do filme são um show a parte, algo que evidentemente não podia ter na HQ, é colocada com maestria em praticamente todas as cenas, com destaque para a cena do Vietnã, clara e merecida homenagem a "Apocalipse Now".
Não é um filme ruim, pelo contrário, é um belo filme, muito bem executado e embora não deva animar quem não conhece a obra original não posso dizer o mesmo de quem leu, ainda que em um sebo qualquer. Mas certamente as livrarias já renovaram seu estoque e pelo que pude ver o preço ainda está salgado, recomendo procurar nos sebos que é mais negócio.
Recomendo fortemente e quando puder pegar o DVD quero prestar mais atenção em algumas cenas.
Quanto ao diretor... bom, me lembrou o trabalho feito com Senhor dos Anéis, percebe-se claramente que se trata de um fã de obra, pode-se tranquilamente dizer que isso ou aquilo ficaria melhor assim ou assado ou que faltou algo aqui e ali, mas não vou dizer isso, pra mim o cara fez miséria com o que tinha em mãos.
Então porque não gostei?
Ah... eu gostei sim, mas esperava um filme mais empolgante, que me deixasse com sabor de quero mais, como aconteceu quando li a HQ e talvez este seja exatamente o problema, a HQ já era muito boa e conseguir superar algo muito bom... ainda que em outra mídia é um trabalho muito dífícil.
Vamos agora esperar o video-game...

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sábado, 14 de março de 2009

Marley & Eu

"Ele não é um cão ´normal´, uma vez comeu a secretária eletronica e depois voltou para comer o telefone." (Marley & Me)
Fui assistir este filme pensando ser uma comédia, tava passando num cinema gratuito daqui de Ribeirão e como não quis passar mais um fim-de-semana preso apenas a esta telinha aproveitei para ir checar o telão.
Não é bem uma comédia, eu diria que está mais para drama.
Marley é o verdadeiro cão-chupando-manga e até tem uma cena assim no filme.
Pior mesmo é saber que tudo aquilo aconteceu pois o filme é baseado no livro do protagonista... quero dizer, coadjuvante, dono do Marley, pois o protagonista sem sombra de dúvida é o cão.
Um jovem casal decide comprar um filhote de labrador e o cãozinho se revela dono do pedaço, a gente até fica esperando que em algum momento ele salve a vida de alguém, que faça algo relevante que justifique tudo que faz com seus donos, mas... bom, não vou dizer se faz ou não, ou então vou estragar o filme para quem não assistiu.
É o filme de quem gosta de cachorros, embora eu não o recomende para os amantes dos animais, mas creio que não haverá novidades para eles.
Não posso dizer que não gostei... como filme deixa a desejar, não tem o charme de um "Beethoven" e apesar de Marley ser um ator nato eu não queria estar na pele do Ower Wilson, o cara já é meio limitado como ator e não deviam ter feito essa sacanagem com ele, mas talvez fosse o ator perfeito para o papel.
Andei lendo uns comentários antes de vir escrever... parece que existe uma certa unânimidade em que o livro é melhor que o filme e não duvido, mas ri um pouquinho, tanto quanto o chefe do protagonista... quero dizer, do coadjuvante, o dono do Marley.

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terça-feira, 10 de março de 2009

Billy Jack

Caramba, faz tempo que vi este filme, foi no cine Centenário, em Ribeirão Preto, SP, onde hoje funciona um supermercado.
Acho que assisti a continuação dele já morando no Rio de Janeiro e me lembro de ter visto de novo na TV.
Lembro que marcou minha juventude, tanto pela temática quanto pela força do protagonista, baseado em uma história real.
Billy é um ativista dos direitos humanos, tinha se aculturado aos indigenas e tentava viver tranquilamente numa pequena cidade qualquer dos EUA.
De repente começa a se envolver em problemas e acaba agindo tal qual um Rambo, na verdade este filme tem muito a ver com Rambo, pois Billy Jack também é um ex combatente e muito do que acontece na história tem alguma similaridade com a história filmada por Stallone. Nunca tinha prestado muita atenção nisso, mas ao recordar deste filme me veio a mente que as histórias se parecem um pouco.
Com certeza o filme deve ter perdido um pouco de sua magia ao longo do tempo, certamente se o visse hoje não o olharia com os olhos de um jovem de 16 anos, precisando de ídolos a seguir e por uns tempos Billy Jack foi meu ídolo sim, se tivesse o poster do filme - naquela época - provavelmente teria colocado no quarto, ao lado de um poster do Bruce Lee.
O que eu tinha em comum com Billy Jack e Bruce Lee é que também lutava karatê e se Bruce Lee me incentivava a me tornar melhor, Billy Jack me incentivava a usar esse "poder" de forma mais tranquila.
Curiosamente repeti na vida real uma das cenas de Billy Jack, quando ele tira os sapatos e dá uma surra em boa parte dos capangas de um dos "donos da cidade", mas não precisei bater (ou apanhar) de tanta gente, no momento em que repeti a cena ninguém mais se atreveu a se aproximar, qualquer dia conto isso no Causos Divinos, por ora vamos voltar ao filme.
A continuação de Billy Jack mostra seu julgamento e não lembro muito bem como termina, mas lembro que o segundo é um filme bem mais triste e Billy sofre alguns reveses.
Lembrei deste filme ao ver o cartaz do mesmo... já se foram mais de 30 anos desde que o assisti e ter lembrado de tudo isso é a prova de que foi marcante.

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O curioso caso da Tipografia de do Design.

Pensei neste Blog como um espaço de cinema, portanto ele não precisa "viver" apenas de filmes, assisto muitos filmes mas infelizmente não tenho paciência de comentar a todos (como digo na abertura).
Hoje li algo muito interessante em outro Blog e decidi apenas fazer o link.
Então conheçam Marcia Okida, uma moça que também adora cinema e vejam o que ela escreveu em: O curioso caso da Tipografia e do Design.

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domingo, 1 de março de 2009

OPERAÇÃO VALKIRIE

Lembrava muito vagamente desta história, uma das tantas em que tentaram liquidar com Hitler, demonstrando que o povo alemão e os ideais nazistas não são necessariamente a mesma coisa.
E me pareceu que é exatamente isso que este filme tenta resgatar, a noção de que Hitler primeiro subjugou a própria Alemanha, antes de tentar subjugar o mundo.
Mas... sinceramente, se depender deste filme não vai mudar muito a percepção do mundo a este respeito, achei um filminho muito besta, cheio de pretensões mas muito mal executado.
Me fez lembrar aqueles antigos filmes de guerra, cheios de conversa fiada, muita falação e pouca ação. Normalmente feitos com poucos recursos financeiros.
Não sei quanto se gastou para fazer Valkirie, mas se gastaram muito deve ter sido para pagar o salário de Tom Cruise, que mais uma vez interpreta a si mesmo e não nos deixa descobrir como seria a personalidade do Coronel Von Stauffenberg.
Outros atores de peso, como Kenneth Branagh, também passam desapercebidos em um filme onde nem mesmo Hitler consegue ter presença, embora eu tenha ficado - particularmente - satisfeito com um Hitler sem brilho, meio encurvado, embora esta não seja a imagem que temos dele, nos documentos históricos.
Os esclarecimentos sobre toda a operação também são bastante confusos, a impressão que o filme passa é de que reinava o caos mais absoluto no alto comando ou então que a insatisfação era tanta que ninguém ali sabia o que queria.
Uma coisa é certa, sempre tive simpatia pelos alemães, nunca os vi como Nazistas ou como os loucos furiosos que alguns filmes insistem em retratar. Não gosto quando vejo um soldado alemão ser definido como mau e covarde por natureza, mesmo porque o soldado, por sí só, não representa nada.
O que mais estranhei no filme foi a forma tranquila como a elite da SS se rendeu, não me parece que fossem tão cordatos a este ponto, pelo menos uns tirinhos teriam trocados.
A cena em que Goebbels coloca uma capsula de veneno na boca me pareceu absolutamente ridicula, o diretor tenta compensar naquela cena a monotonia toda que o filme passa, tenta fazer da cena algo em que o espectador possa "pensar", mas fica uma manipulação tacanha da realidade... tipo: "por um triz que não deu certo".
A única cena realmente boa é a cena final, onde fica bem claro o que aconteceu de fato, tanto que uso-a para ilustrar este post, mesmo porque todos sabem o final antes mesmo do filme começar.
Fraquinho... talvez sirva para entreter os fãs do Tom Cruise, se é que ele tem algum.
Curiosamente assisti ontem, no SBT, o filme "O último samurai", onde Tom Cruise interpreta Tom Cruise, mas este filme tem uma diferença, os outros atores são muito bons, especialmente o que interpreta o protagonista do filme, que muita gente (especialmente fãs do Tom Cruise) pensa - erradamente - que é o Tom Cruise. Este valeu a pena, qualquer dia eu comento.

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